Síndrome de Burnout dos colaboradores: o que as empresas podem fazer para prevenir?

Aprenda a prevenir a síndrome de burnout na sua empresa

No mundo corporativo atual, os profissionais enfrentam diversas demandas e pressões diárias que podem levar ao esgotamento físico e mental. Justamente por isso, a síndrome de burnout tem se tornado cada vez mais presente nos ambientes de trabalho.

Não à toa, essa síndrome é um tema de grande relevância nas empresas atualmente quando se trata de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Essa condição afeta não apenas a saúde e o bem-estar dos funcionários, mas também a produtividade e o desempenho das atividades profissionais.

Neste contexto, é fundamental que as empresas estejam cientes dos riscos e tomem medidas para prevenir a síndrome, garantindo o bem-estar e a produtividade de sua equipe. Para evitar esse problema, então, as organizações precisam adotar uma abordagem proativa na prevenção da síndrome de burnout entre seus colaboradores.

Pensando nisso, no artigo de hoje da Itamedi, discutiremos em detalhes o que é a síndrome de burnout e como as empresas podem agir para preveni-la. Ao longo do conteúdo, vamos descobrir como é possível criar um ambiente de trabalho saudável, equilibrado e produtivo, no qual os funcionários possam prosperar.

O que é a síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é um transtorno psicológico caracterizado por um estado de exaustão física e emocional causado pelo estresse crônico no trabalho. 

O termo “burnout” em inglês coloquial significa “combustão completa”, e foi usado pela primeira vez nos anos 1970 pelo psicanalista norte-americano Herbert Freudenberger para descrever a situação de profissionais da área da saúde que sofriam com o desgaste provocado pelo trabalho.

Também chamada de doença do esgotamento profissional, essa síndrome pode prejudicar o desempenho, a produtividade, a criatividade e a motivação dos colaboradores, gerando insatisfação, absenteísmo e conflitos no ambiente de trabalho.

Embora até pouco tempo atrás a síndrome de burnout não fosse considerada uma doença, mas sim um transtorno da mente que poderia levar a outras complicações, desde janeiro de 2022 ela foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a ser considerada uma doença ocupacional. 

Quais são os sintomas da síndrome de burnout?

A síndrome de burnout pode se manifestar de diferentes formas em cada pessoa, mas existem alguns sinais comuns que podem indicar que alguém está sofrendo com essa condição. Alguns dos sintomas mais frequentes são:

  • Cansaço físico e mental constante;
  • Falta de energia e disposição;
  • Irritabilidade e alterações de humor;
  • Dificuldade de concentração e memória;
  • Baixa autoestima e sentimento de fracasso;
  • Desinteresse e apatia pelo trabalho;
  • Isolamento social e afetivo;
  • Insônia ou sono excessivo;
  • Dores de cabeça, musculares e articulares;
  • Alterações no apetite e no peso;
  • Abuso de álcool, drogas ou medicamentos.

E quais são as causas dessa síndrome?

A síndrome de burnout é causada por uma combinação de fatores relacionados ao trabalho, ao indivíduo e ao ambiente organizacional. Nesse sentido, os fatores mais comuns são:

  • Excesso de demandas e responsabilidades;
  • Falta de autonomia e reconhecimento;
  • Conflitos interpessoais e assédio moral;
  • Ambiguidade ou incoerência nas funções e nos objetivos;
  • Falta de recursos e apoio para realizar as tarefas;
  • Desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional;
  • Incompatibilidade entre os valores pessoais e os da organização.

Esses fatores podem gerar um desgaste progressivo nos colaboradores, levando-os a um estado de esgotamento físico e emocional. Por isso, é importante que as empresas estejam atentas aos sinais de estresse nos seus funcionários e adotem medidas preventivas para evitar que eles desenvolvam a síndrome de burnout.

Como é possível prevenir a síndrome de burnout nas empresas?

Estima-se que, no Brasil, 18% dos profissionais são vítimas da síndrome de burnout. Isso significa que, em média, 1 a cada 4 pessoas sofre com essa doença ocupacional. Portanto, é muito importante falarmos sobre este assunto e abordar como a prevenção é possível para evitar novos casos:

O papel dos colaboradores na prevenção

Cada colaborador é o principal responsável pela sua própria saúde física e mental, e deve cuidar de si para evitar o desgaste provocado pelo trabalho. Por isso, em primeiro lugar, ele mesmo pode adotar algumas atitudes para prevenir a síndrome de burnout. Essas atitudes incluem:

  • Estabelecer prioridades e organizar o tempo;
  • Aprender a delegar tarefas;
  • Buscar o aperfeiçoamento profissional contínuo;
  • Desenvolver habilidades emocionais, como resiliência, autoconfiança e inteligência emocional;
  • Expressar suas opiniões, sentimentos e necessidades;
  • Pedir ajuda quando precisar;
  • Cultivar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular e sono adequado;
  • Praticar atividades relaxantes, como hobbies, leitura, música, etc.;
  • Manter uma rede de apoio social, como família, amigos, colegas, etc.;
  • Buscar ajuda médica ou psicológica se apresentar sintomas de estresse ou burnout.

Tais atitudes podem ajudar os colaboradores a lidar melhor com as demandas do trabalho, a reduzir o estresse, a aumentar a autoestima e a qualidade de vida.

O papel das empresas na prevenção da síndrome de burnout

Além dos colaboradores, as empresas também têm um papel fundamental na prevenção da síndrome de burnout. Afinal, elas são responsáveis por criar e manter um ambiente de trabalho saudável, seguro e motivador, que favoreça o bem-estar, o desenvolvimento e a satisfação dos seus funcionários. 

Algumas das ações que os empregadores podem tomar para prevenir a síndrome de burnout são:

Promover uma cultura de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

Um dos principais fatores que contribuem para a síndrome de burnout é o desequilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos colaboradores. Então, as empresas podem tomar medidas para promover uma cultura que valorize o equilíbrio entre essas duas esferas. Alguns passos importantes incluem:

  • Estabelecer limites claros de trabalho, evitando exigências excessivas de horas extras;
  • Incentivar pausas regulares durante o dia de trabalho;
  • Promover políticas de flexibilidade, como horários flexíveis e trabalho remoto;
  • Oferecer programas de bem-estar, como aulas de exercícios físicos ou sessões de relaxamento;
  • Encorajar os colaboradores a desligarem completamente durante períodos de férias ou folgas.

Fomentar um ambiente de apoio e colaboração

Um ambiente de trabalho que promova o apoio e a colaboração também é essencial para prevenir a síndrome de burnout. Nesse sentido, as empresas devem incentivar o trabalho em equipe e a comunicação aberta. Algumas estratégias eficazes incluem:

  • Realizar reuniões regulares para ouvir os colaboradores e discutir preocupações;
  • Estimular o trabalho em equipe e a comunicação efetiva;
  • Fomentar a participação em atividades em grupo, como treinamentos ou projetos colaborativos;
  • Criar canais de comunicação interna eficientes para que os colaboradores se sintam ouvidos e valorizados;
  • Oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional e crescimento na carreira;
  • Promover a participação e a autonomia dos colaboradores nas decisões;
  • Estabelecer um sistema de apoio entre os colegas de trabalho, onde todos se ajudam mutuamente.

Gerenciar a carga de trabalho e as expectativas

Uma carga de trabalho excessiva e expectativas irrealistas podem levar os colaboradores ao esgotamento. As empresas devem ser cuidadosas ao definir metas e prazos, levando em consideração a capacidade de seus funcionários. Além disso, é importante:

  • Definir claramente as funções, as metas e as expectativas;
  • Promover a delegação de responsabilidades para evitar sobrecarga;
  • Fornecer os recursos e o suporte necessários para a realização das tarefas;
  • Estabelecer prioridades claras e ajudar os colaboradores a gerenciarem seu tempo de forma eficaz;
  • Proporcionar treinamentos e capacitações para o aprimoramento das habilidades necessárias ao desempenho das funções.

Incentivar a saúde mental e o autocuidado

Outro ponto importante é promover a saúde mental e o autocuidado. Essa é uma medida essencial para prevenir a síndrome de burnout. Para tanto, as empresas podem fornecer recursos e programas que apoiem seus colaboradores nessa área. 

Nesse sentido, algumas medidas efetivas incluem:

  • Disponibilizar sessões de aconselhamento ou terapia em parceria com profissionais qualificados;
  • Oferecer palestras e workshops sobre gerenciamento de estresse e técnicas de relaxamento;
  • Incentivar práticas de autocuidado, como a prática de exercícios físicos e alimentação saudável;
  • Implementar programas de qualidade de vida no trabalho, como ginástica laboral, massagem, meditação, etc.;
  • Promover uma cultura que desmistifique o estigma relacionado à saúde mental, encorajando a busca por ajuda quando necessário.

Realizar avaliações periódicas de saúde e bem-estar

As empresas podem implementar questionários ou pesquisas anônimas para obter feedback dos colaboradores e identificar possíveis áreas problemáticas. Dessa forma, as avaliações periódicas de saúde e bem-estar podem ser uma ferramenta valiosa para prevenir a síndrome de burnout.

Com base nos resultados, podem ser tomadas ações corretivas adequadas.

Investir em treinamento e capacitação

Proporcionar oportunidades de capacitação e crescimento profissional é outra medida bem interessante aqui. Isso porque o treinamento e a capacitação dos colaboradores são essenciais para a prevenção da síndrome de burnout. 

Ao fornecer as habilidades e os recursos necessários para o desempenho eficaz das tarefas, as empresas ajudam a reduzir o estresse relacionado ao trabalho. Além disso, o desenvolvimento profissional também contribui para a motivação e o engajamento dos colaboradores.

Estabelecer políticas claras de Saúde e Segurança do Trabalho (SST)

A adoção de políticas claras de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) é fundamental para prevenir a síndrome de burnout. Ou seja, as empresas devem cumprir todas as Normas Regulamentadoras e garantir que seus colaboradores trabalhem em condições seguras e saudáveis. Isso inclui:

  • Identificar e minimizar os riscos no ambiente de trabalho;
  • Promover a ergonomia e a prevenção de lesões;
  • Fornecer equipamentos de proteção individual adequados;
  • Estabelecer programas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
  • Incentivar a participação dos colaboradores na identificação e resolução de problemas relacionados à SST.

Promover uma liderança participativa e empática também ajuda na prevenção da síndrome de burnout

Uma liderança participativa e empática é fundamental para criar um ambiente de trabalho saudável. A fim de colocar em prática essa questão, os líderes devem estar atentos aos sinais de esgotamento dos colaboradores e oferecer suporte adequado. 

Assim, algumas ações importantes incluem:

  • Demonstrar empatia e compreensão em relação às dificuldades dos colaboradores;
  • Estabelecer um canal aberto de comunicação entre líderes e equipe;
  • Respeitar os limites e as necessidades de cada colaborador;
  • Encorajar a participação dos colaboradores nas decisões que afetam seu trabalho;
  • Fornecer feedbacks construtivos;
  • Reconhecer os esforços e os resultados;
  • Prevenir e combater o assédio moral e qualquer forma de violência no trabalho.

Monitorar e avaliar constantemente as práticas de prevenção

Por fim, é essencial que as empresas monitorem e avaliem constantemente as práticas de prevenção da síndrome de burnout. O acompanhamento dos resultados e o ajuste de estratégias garantem que as ações adotadas estejam realmente surtindo efeito. 

Além disso, a realização de pesquisas de clima organizacional periódicas pode ajudar a identificar áreas que precisam de melhorias.

Como identificar se um colaborador está com síndrome de burnout?

Muitas vezes, os gestores ou os profissionais de RH podem ter dificuldade em identificar se um colaborador está com síndrome de burnout. Isso porque essa condição pode ser confundida com outras situações, como cansaço passageiro, problemas pessoais ou falta de comprometimento. 

Por isso, é importante estar atento aos sinais que podem indicar que um colaborador está sofrendo com essa síndrome:

  • Queda no rendimento e na qualidade do trabalho;
  • Erros frequentes e falta de atenção;
  • Dificuldade de relacionamento e de cooperação com os colegas;
  • Reclamações constantes e atitudes negativas;
  • Afastamentos frequentes por motivos de saúde;
  • Mudanças bruscas de comportamento ou de humor.

Se você observar esses sinais em algum colaborador, procure conversar com ele de forma empática e respeitosa, e oferecer o seu apoio. Não julgue, não critique, nem minimize o problema. 

Pelo contrário, mostre que você se importa com o bem-estar dele e que a empresa está disposta a ajudá-lo. Uma vez que a síndrome de burnout é uma questão séria e que requer atenção e cuidado, encaminhe-o para um profissional de saúde ou para o serviço de medicina ocupacional, se houver.

Quais são as consequências da síndrome de burnout para as empresas?

A síndrome de burnout não afeta apenas os colaboradores, mas também as empresas. Essa condição pode gerar uma série de prejuízos para as organizações, como:

  • Perda de produtividade e qualidade;
  • Aumento dos custos com afastamentos, indenizações e processos trabalhistas;
  • Diminuição da satisfação e da fidelização dos clientes;
  • Deterioração do clima organizacional e da cultura empresarial;
  • Redução da capacidade de inovação e de competitividade;
  • Perda de talentos e dificuldade de recrutamento.

Por isso, as empresas devem investir na prevenção da síndrome de burnout, não apenas por uma questão ética e social, mas também por uma questão estratégica e econômica. Ao cuidar da saúde mental dos seus colaboradores, as empresas estão cuidando também da saúde do seu negócio.

Como a Itamedi pode ajudar a sua empresa?

Conheça também a Itamedi, uma empresa especializada em gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, pois podemos ajudar a sua empresa a criar um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar da equipe.

Realizamos exames ocupacionais e outros serviços relacionados à saúde e segurança do trabalho, como elaboração e implementação do PCMSO, PGR, Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), Gestão Humanizada de Absenteísmo, Gestão tributária (FAP), entre outros.

Desse modo, com a Itamedi, a sua empresa pode contar com um parceiro confiável que vai ajudá-la a criar e manter um ambiente de trabalho saudável, seguro e motivador, que beneficie os funcionários e o negócio.

Oferecemos soluções personalizadas para as empresas que querem seguir as Normas Regulamentadoras, adotar uma abordagem mais ágil de SST, e prevenir a síndrome de burnout nos seus colaboradores. Estamos à disposição para tirar as suas dúvidas e apresentar as nossas soluções. Portanto, entre em contato conosco agora mesmo!

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